Ao pensar sobre os problemas enfrentados por nós no iefeceagá, é nítida a precariedade do movimento estudantil. Tão magra é a mobilidade dos nossos professores. E quanto aos funcionários, enfim, para alguns, eles ficaram no século passado e por isso não cabem as discussões. Entre o Neoliberalismo e as mudanças necessárias para o pensamento acadêmico, ficamos perdidos diante da possibilidade fazer parte de jogos de interesse sem que estejamos interessados neles.
“O CACH não me representa!”, ouvimos muito por aí. E a resposta: “Nossas reuniões são abertas e democráticas e todas as terças-feiras, etc., etc., etc.” Feito este desentendimento, a mesmice vence e a luta por melhorias não vinga. O CACH não se responsabiliza pela não-participação dos discentes e, estes, por sua vez, justificam sua inércia pela não-representatividade ou pelas divergências com a entidade. O resultado é uma insatisfação geral encoberta pela ausência de responsabilidade dos outros e da impotência de cada um perante ela.
Esse fato ficou claro quando um estudante do segundo ano resolveu lavar a roupa suja de sua categoria, em meio ao Fórum chamado pelos professores para discutir os problemas das Ciências Sociais na UNICAMP. Daquilo que se estava proposto para a discussão, ficamos discutindo a relação entre professores e discentes, o que se apresentou como um dos primeiros problemas a serem resolvidos no instituto.
Ficou nítida uma outra precariedade, o canal de comunicação institucional entre estudantes e professores. Mas, esse problema, ninguém vai resolver! Sabe porquê? Porque para algumas das forças políticas que disputam o CACH, é confortável que poucos estudantes participem e saibam o que realmente pensam os professores, porque assim, é mais fácil de se jogar. E me impressiona que os estudantes que querem construir o CACH, tenham acreditado que não são responsáveis por essa não participação, ou pelo menos, pelo crescimento dela. Isso conforta?
Porque eu tenho certeza que aos professores conforta. E a declaração sincera do estudante, mas ao meu ver, descabida naquele momento, deu a deixa necessária para que os professores nos responsabilizassem pelas dificuldades de organização e mobilização do ifch. A nossa desorganização é confortável! Não porque nossos professores querem “vender a universidade”, ou “não estão nem aí para ela”, mas porque eles podem decidir sozinhos, de forma mais livre e despreocupada, os rumos do instituto ou das ciências sociais, apoiando-se, para isso, em uma razão meritocrática. Um mérito que se deve, ao meu ver, menos às suas experiências e capacidades, que às nossas insuficiências.
Por isso, sugiro que deixemos um pouco de lado nossas ferocidades às políticas do FMI, que são reais e muito grandes para caberem em qualquer discussão. Isso pode “também” ser discutido, mas a estrutura “democrática” do CACH, assim como qualquer estrutura democrático burguesa, permite a ocultação das reais posições e da desproporcionalidade das forças políticas que participam do debate, o que fomenta discussões mecanicistas, que exercem de forma autoritária um moralismo besta, que aponta quem é “esquerda” ou “direita” e compromete o desenvolvimento real das nossas lutas.
É sobre isso que espero falar na próxima edição deste maravilhoso panfleto, que diga-se de passagem, tem um nome lindo! O Cantineiro!
“O CACH não me representa!”, ouvimos muito por aí. E a resposta: “Nossas reuniões são abertas e democráticas e todas as terças-feiras, etc., etc., etc.” Feito este desentendimento, a mesmice vence e a luta por melhorias não vinga. O CACH não se responsabiliza pela não-participação dos discentes e, estes, por sua vez, justificam sua inércia pela não-representatividade ou pelas divergências com a entidade. O resultado é uma insatisfação geral encoberta pela ausência de responsabilidade dos outros e da impotência de cada um perante ela.
Esse fato ficou claro quando um estudante do segundo ano resolveu lavar a roupa suja de sua categoria, em meio ao Fórum chamado pelos professores para discutir os problemas das Ciências Sociais na UNICAMP. Daquilo que se estava proposto para a discussão, ficamos discutindo a relação entre professores e discentes, o que se apresentou como um dos primeiros problemas a serem resolvidos no instituto.
Ficou nítida uma outra precariedade, o canal de comunicação institucional entre estudantes e professores. Mas, esse problema, ninguém vai resolver! Sabe porquê? Porque para algumas das forças políticas que disputam o CACH, é confortável que poucos estudantes participem e saibam o que realmente pensam os professores, porque assim, é mais fácil de se jogar. E me impressiona que os estudantes que querem construir o CACH, tenham acreditado que não são responsáveis por essa não participação, ou pelo menos, pelo crescimento dela. Isso conforta?
Porque eu tenho certeza que aos professores conforta. E a declaração sincera do estudante, mas ao meu ver, descabida naquele momento, deu a deixa necessária para que os professores nos responsabilizassem pelas dificuldades de organização e mobilização do ifch. A nossa desorganização é confortável! Não porque nossos professores querem “vender a universidade”, ou “não estão nem aí para ela”, mas porque eles podem decidir sozinhos, de forma mais livre e despreocupada, os rumos do instituto ou das ciências sociais, apoiando-se, para isso, em uma razão meritocrática. Um mérito que se deve, ao meu ver, menos às suas experiências e capacidades, que às nossas insuficiências.
Por isso, sugiro que deixemos um pouco de lado nossas ferocidades às políticas do FMI, que são reais e muito grandes para caberem em qualquer discussão. Isso pode “também” ser discutido, mas a estrutura “democrática” do CACH, assim como qualquer estrutura democrático burguesa, permite a ocultação das reais posições e da desproporcionalidade das forças políticas que participam do debate, o que fomenta discussões mecanicistas, que exercem de forma autoritária um moralismo besta, que aponta quem é “esquerda” ou “direita” e compromete o desenvolvimento real das nossas lutas.
É sobre isso que espero falar na próxima edição deste maravilhoso panfleto, que diga-se de passagem, tem um nome lindo! O Cantineiro!
7 comentários:
OPA!!!! virou panfleto e nem me avisaram? Como assim?? Pelo bem e pelo mal ainda era uma palhaçadinha de humor. Façam um favor aos leitores e a vocês mesmos: nunca transformem essa joça em panfletos mais do mesmo. Por mais que seja tentador. Por mais que você ache que é certo dizer certas coisas. Reajam à panfletarização da vida acadêmica.
Free Willy is free!!!!
Concordo com não virar panfleto, mas não estamos fazendo apenas humor por fazer...
existe fazer humor por fazer?
é como sexo...
Então só o ator pornô, ou um pornófilo, faz sexo? E só o humorista faz humor? E só o político faz pólítica?
E se o pornófilo quiser fazer sexo bem humorado, e o político enfiar sua politica pelo *? De que fará graça o humorista, nêga?
é como diria meu pai beato salu vulgo seu salustiano, sexo politica e humor é isso ae...
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