quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sejamos francos! - por Vermelho Final

Entrando na reta final da graduação, é de se ficar feliz em se olhar no espelho e achar-se mais parecido com a Olívia, de Pequena Miss Sunshine, do que com a maioria dos convencionais doutores da academia. Talvez pelo próprio prazer em constatar que se está saindo com mais questões do que respostas; mais preocupado em saber do que quando se adentrou a magnífica bolha que tanto nos prende em sua liberdade.E perceber-se que não estamos sendo tão arrogantes quanto esperam de nós os alunos dos outros institutos; em não se ter transformado em mais um “soldado da verdade”. Não, não é contra a academia que estou falando, imagina. Embora eu não “gaste meus joelhos me curvando diante da hist...ops, da minha história”, desconheço em meu passado a substância que poderia tornar desprezível as coisas que escolhi. Falo sobre a arrogância dos arquitetos da conservação, que insistem em ser nossos Grandes Irmãos aqui no ifichi e tentar nos convencer de estranhar tudo que não se enquadre dentro da “verdadeira” realidade que eles fizeram a partir da teoria.É bom saber que depois de tanta razão, restam em mim resquícios de metafísica e que encontro, nas entrelinhas dos textos, o discurso que não se quis ou não se pode dizer. As cores do mundo que me foram tiradas pelo conhecimento do qual me nutri, não tiraram a vida contida nas imagens de que me sirvo.Mas, é triste a verdade de que, nesta altura da vida, já não posso ter a beleza de Olívia, que existe na própria na própria distração com que ela faz perguntas e na espontaneidade dos seus gestos. Ela, que é tanto sujeito quanto objeto do seu sonho, parte dele. E é isso tudo sem se medir, sem se julgar. Todo esse teatro de justificações, a que estamos acostumados, elaborado para não se parecer mentiroso, malvado ou ignorante é também aparência.Bom mesmo foi encontrar um espaço onde se pode derramar despreocupado aquelas idéias rechaçadas, escondidas, disfarçadas e colocá-las sob julgamento da ciência ou da ideologia, mas sem com elas a pessoa do autor seja também julgada. Tudo graças a aceitação da máscara dos heterônimos por parte dos brilhantes editores deste jornal que permitiram a fuga do panoptismo ifichiano. Sinceridade é tudo!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

olííííívia!!!

vem cá linda...

sai daí de dentro do nosso camarada avermelhado....

iuhúúúúú!