Ela vinha então vindo mais que sorrindo tão depressa que nem percebestes que já ia partindo, se despedindo, nem ficou talvez.
O coração que saltitava contente, a tino, de tanto que vibrou ficou doente, a boca que salivava secou de repente no escárnio do destino que tornou ausente a sensatez.
O dia que já ia raiando, o céu se amarelando, o orvalho escorregando já foi se acabando, a aurora se estrangulando, se deteriorando, já era noite outra vez.
Eu que estava sendo e tendo o mais que pretendo mal vi que já estava morrendo, se perdendo no que não entendo, e o nada voltou a ocupar tudo, como sempre fez.
Um comentário:
João Nunes é genial... parece até bossa nova...
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