sábado, 23 de agosto de 2008

Futebol ou sequiço?



Seis de cada dez europeus preferem futebol a sexo, aponta pesquisa do Centro Europeu de Investigações em Assuntos Sociais.


Como diria um amigo meu: isso sim é pesquisa que importa! E que dados, hein? Adoro-os.

Vez ou outra aparece uns desses na minha mão. Outro dia era um que dizia que mais da metade da população feminina brasileira preferia perder até dois terços do salário à engordar trinta quilos (!). Voltemos ao futebol...

Pesquisas assim deveriam ser feitas todos os dias. Quem é o gênio para colocá-las em prática. Acho que os institutos de pesquisa das universidades brasileiras deveriam abrir espaço para estudos desse tipo. E por que não? Vejamos.

Quando pensamos em Brasil qual é o simbólico-social prontamente postado na mente (para ficar bem acadêmico)?

Brasil, pentacampeão mundial. País de Sócrates, Biro-Biro, Marcelinho Carioca, Neto, Rogério, Tevez, Rivelino, Casagrande, etc (estou esquecendo alguém?). Terra de tanta paixão derramada por torcidas aos seus queridos clubes, de tantos gritos de gols e olés. Do futebol moleque, do totó, futebol de meia. Da pelada, do futevôlei, futebol de areia, de rua, de calçada, de corredor, de quintal, de tampinha, de borracha. Por que não existe um centro de estudos que mereça respeito? (Se alguém souber de um que me avise!)

O fato é o seguinte: mais da metade dos europeus preferem o futebol ao sexo! Mas e os brasileiros? Pensarão do mesmo modo? Tenho lá minhas preferências...Você leitor, pode me responder?

Colocamos as coisas assim: jogo, semifinal de campeonato, seu time do coração. Seus camaradas combinam de ver o espetáculo no buteco do bairro. A cambada toda por lá. Aquela festança. Serão 90 minutos de muita emoção. Jogo de returno. Em casa. Seu time perdeu de 2 a 1 fora. Uma vitória simples classifica. Quatro jogadores suspensos. Mais de 68 mil ingressos vendidos. Casa lotada. A cerveja gelada na mesa. O aperitivo saindo. Aquele calorão.

Do outro lado da rua passa uma daquelas de quebrar o pescoço. Vestidinho curto. Pernão à mostra. Cabelos soltos ao vento. Costas de fora. Olha disfarçadamente para dentro do bar. Encontra com seus olhinhos mirando aquele monumento (olha a coisificação, aí gente!). Dá uma piscadela. Faz um aceno. Um sinal.

Os dois momentos acontecem concomitantemente e existem semelhanças: nenhum dos dois ainda fora iniciado, a expectativa é geral, o coração não para de bater, a ansiedade. Pergunto eu, camarada leitor: qual das duas situações sua chance é maior?

Deixo o campo das especulações para os dados: todo dia vemos pesquisa que dizem respeito à freqüência de relações sexuais dos parceiros no Brasil. O que dizem? Diminui a cada ano. Por outro lado, todo dia, em todo lugar, seja onde você estiver nesse Brasil a fora, você consegue ver a cena da molecada jogando uma pelada, batendo uma bola, assistindo um jogo de campeonato.


Brasileiro, leitor, prefere futebol ou sexo?

2 comentários:

Unknown disse...

Confesso que por torcer para o Guarani. Vê-lo numa final valeria muito, mais muito mais, que qualquer flerte ou possível ato consumado. Sem precisar pensar duas vezes!

Anônimo disse...

mesmo membro da nação tricolor, acostumada com MUITOS(!!!) títulos, prefiro jogar uma pelada a bater bola com uma pelada.

vivas aos deuses do futebol!vivas ao caculé!

ps:segundo lamarque, o que não se usa se atrofia. não sei se isso explica, mas pra bom entendededor um disco pode estar abduzindo francisco.